A tarefa de escrever um currículo é igual à contar uma história. Obviamente não se trata de contar uma história tradicional, que se encaixe no género das biografias. Tens de ter em atenção que um currículo não é uma biografia! Mas, ao fim e ao cabo, é uma história contada aos recrutadores sobre as tuas concretizações pessoais e profissionais.
Queres que esta história seja contada de forma mais interessante possível aos recrutadores? Podes usar a prática de storytelling no currículo que permite destacar algumas situações extraordinárias que ocorreram na tua vida laboral.
A ver vamos como usar a técnica de storytelling num currículo neste artigo.
Índice
O que é o storytelling no currículo?
A arte do storytelling é uma das formas de comunicar que se poderá definir como a arte de contar histórias. Isto se traduzirmos literalmente a palavra inglesa para português: “story” que significa história e “tell” que significa contar. Desde os primórdios da humanidade que uma história é contada, entre os membros da tribo ao redor da fogueira, ou nas paredes com as míticas pinturas rupestres.
Na atualidade, vemo-lo perfeitamente nos mercados do marketing, nas redes sociais profissionais, e também nos videojogos e nos filmes. Daí, também o currículo enquanto forma do candidato comunicar com os recrutadores, poderá adquirir as bases do storytelling.
A verdade é que os recrutadores dedicam pouco tempo na leitura de um CV por isso evita ser prolixo. Uma dessas formas é ser diferente com o storytelling. Obrigatoriamente, aquilo que contas precisa de ir ao fundo das emoções dos recrutadores para que percebam que és a pessoa certa a revigorar no posto livre.
Então como usar a técnica do storytelling no teu curriculum? Segue os passos que te damos e terás um currículo de causar inveja mesmo aos teus melhores amigos.
Dicas para aplicar o storytelling no CV
O CV tem que contar uma história. Queres saber como fazê-lo e que passos deves seguir justo antes de começar a sua redacção? O importante é ires desenhando o currículo com carisma, e para tal podes seguir os nossos modelos para descarga como exemplos. Segue outras das nossas dicas abaixo.
1. Tu és mais que um CV!
Tem em consideração que tu és mais do que um documento! O currículo define-te, mas apenas até certo ponto. Podes realizar um resumo da tua formação académica no CV, da tua experiência profissional, das tuas habilidades e conhecimentos, mas os recrutadores só te conhecerão verdadeiramente na prática. Destaca por fases aquilo que fizeste e junta todos os certificados que deténs.
2. Tu és a voz da consciência dos recrutadores!
O segundo passo antes de criar o curriculum em storytelling é pensares com a cabeça de um recrutador e ver a partir dos olhos dele. Obviamente que tudo isto figuramente, não penses que tens algum super-poder! No entanto, podes imaginar, caso fosses tu um recrutador, qual a história que mais te tocaria emocionalmente.
Opta por consolidar uma conexão emocional com a tua audiência e mostra aos recrutadores que o teu historial profissional tem peso junto dos valores da empresa.
3. Engana-me que eu gosto!
Este terceiro ponto diz respeito ao facto de teres de ser honesto. Antes de tudo, o teu storytelling tem que ser verdadeiro, por isso não convém exagerar ou mentir sobre experiências profissionais que nunca realizaste.
Mesmo assim podes omitir no CV! Mostrar confiança sobre a tua experiência é um dos pontos que mais valorizam os recrutadores, por isso deves realçar apenas aspetos positivos que decorreram do teu processo de aprendizagem.
Esquece os pontos negativos. Não deves mostrar que não resolveste um problema da empresa que passaste antes, mas falar das ferramentas que usaste para tentar solucioná-lo.
Era uma vez um currículo…outra vez!
Agora que já sabes que dicas ter em conta antes de procederes à redacção de um currículo segundo a técnica do storytelling tens que pôr em marcha esse propósito. Primeiro tens que transformar os êxitos da tua carreira profissional numa narração nítida dos maiores triunfos.
Início, meio e fim de um currículo
Depois de teres tudo elencado por fases basta seguir um esquema de início, meio e fim. Esta organização da informação é a mesma de contar uma história: início, conflito e desenlace, ligando as etapas uma depois da outra. Vejamo-las com cuidado!
Início do CV
Na primeira parte mostra os teus gostos e o que te define pessoal e profissionalmente.
Conflito no CV
Na segunda parte, a do conflito, deves evidenciar qual o desvio da tua carreira, ou seja, a descoberta da tua vocação que muitas vezes não está relacionada com o trabalho do presente. O conflito gerará mais interesse por parte dos recrutadores.
Desenlace no CV
O desenlace no curriculum segundo a técnica do storytelling deve demonstrar que superaste uma crise e que agora és um expert em determinado assunto! Evidencia que te converteste num grande profissional e se quiseres transformá-lo num vídeo animado podes fazê-lo!
Prometo, logo cumpro!
Por fim, uma das regras básicas do que escreves no storytelling é que podes sempre cumprir aquilo que destacas na tua história. Podes colocar nomes de pessoas que trabalharam contigo e que servem de referências no currículo, informando aos recrutadores sobre o que poderão esperar de ti! Ademais, servem como personagens secundárias à história que não poderão ser esquecidas e que reforçam o teu protagonismo.
Sê autêntico e mostra que és o herói da tua história pessoal, por isso escreve o teu storytelling com orgulho!