Já ouviste falar que um currículo precisa de ser objetivo? Pois claro, mas sabes sequer como escrever um bom currículo? É certo que por todo o lado podes encontrar mil e uma maneiras de como fazê-lo. Se à primeira vista parece um processo muito simples, sem a cautela adequada, arriscaste a transformar uma oportunidade de trabalho única num bicho de sete cabeças.
Hoje em dia temos as redes sociais, os telemóveis, as televisões e temos os computadores como formas de comunicação muito específicas, mas por vezes esquecemos que o currículum é uma forma de comunicação em si mesmo. Deves contemplar o cv como objeto intermediário, precioso na busca de emprego, mas também na concretização dos teus maiores desafios profissionais. A partir de agora fica a conhecer todos os passos para construíres o teu currículo segundo uma lógica precisa e orientada.
Índice
Partes de um currículo
Para melhor estruturar um currículo é possível seguir por um conjunto de partes que não só facilitam a disposição da informação, como a leitura realizada pelos selecionadores. As partes a destacar são as seguintes:
Como criar um currículo
Sabias que elaborar um currículo é uma das práticas de marketing pessoal? O teu cv – sigla que designa curriculum vitae – é um documento de marketing pessoal usado para que literalmente te vendas a uma ou várias firmas. O mesmo deve dizer tudo sobre ti, isto é, sobre o teu historial profissional, sobre as tuas competências e habilidades, e sobre as tuas realizações. Um currículo como guia para um emprego deve sobrelevar que és a melhor pessoa para a vaga de trabalho a que concorres.
O teu objetivo é bastante direto e transparente: provocar o interesse de uma empresa em ti. Só assim conseguirás atenção suficiente para que o documento não fique empilhado no meio de outros tantos documentos similares. Afinal queres tanto este posto de trabalho que terás que fazer de tudo o que está ao teu alcance para que não sejas rejeitado.
Um curriculum é também uma forma flexível de transmitires todas as tuas expectativas pessoais e profissionais. Mesmo assim, pensas que tens coisas mais importantes em que pensar? Bem, enganaste. Trabalhar num currículo pode ser o momento mais determinante do teu futuro. E no momento da entrevista, aquela que marcará a transição numa fase da tua vida, deves transparecer o que está no teu currículo. Se precisares de ajuda podes conhecer os nossos modelos de currículos.
Estética de um currículo
Para começar, sabes o que deve constar em todos os currículos? Seja como académico ou como profissional, deves sempre descrever a tua experiência profissional, a tua educação e formação, os teus conhecimentos, além de elencar um conjunto de habilidades e competências para o cargo a que te candidatas. Mesmo assim, e antes disso, é necessário pensar na estética.
Ou seja, convém decidir, independentemente se crias um currículo do zero ou se escolhes um modelo de cv pré-preenchido, por pequenos detalhes, nomeadamente pela formatação e pela distribuição do texto. Isto porque é a formatação que apela à primeira leitura, e por seguinte, que apela ao enfoque do recruta sobre ti.
Em primeiro lugar, sê o mais simples na escolha do tipo de letra, dos quais constam como mais generalizadas fontes simples como Arial ou Times New Roman. As cores também são importantes, mas cuidado para não utilizares toda a paleta de cores. A neutralidade no currículo é aquilo o que torna mais apelativo, e não o contrário.
Através disso, seleciona algumas palavras-chave em negrito e fá-las sobressair no teu currículo. Cuidado porque deves manter o mesmo estilo ao longo do mesmo.
Informações pessoais no currículo
Os dados pessoais no currículo são uma norma, mas cuidado para não te alongares. Releva o teu nome completo e todas as formas de contacto. Convém colocar um número de telemóvel e o e-mail. Quantas mais formas da empresa poder contactar-te melhor, porque só prova que tu queres o emprego a que te candidatas.
Dados poucos importantes são o teu estado civil, a tua religião, a tua equipa de futebol, o número de segurança social ou número de contribuinte. São dados bastantes particulares e neste caso triviais que não valem a pena colocar no currículo.
Objetivo profissional no currículo
Antes sequer de especificar cada uma das partes de um currículo, convém consolidar o teu objetivo profissional, o ponto mais importante do teu currículo. Esta é mesmo a parte que os recrutas dedicam mais atenção, porque é neste primeiro resumo que podem ser explicados muitas das tuas características. Isto fará o clique na cabeça dos recrutadores, e que permitirá a que sigam com a leitura dos pontos seguintes.
O objetivo profissional não é um resumo, e não deve ser muito longo, entre três a cinco linhas são suficientes para explanar aquilo que te motiva. São exemplos as seguintes frases:
Desejo fazer parte da equipa da vossa empresa, não só com o objectivo de crescer pessoal e profissionalmente e de maneira frutífera, e favorecer o gradual desenvolvimento da organização.
Estou preparado para quaisquer adversidades e desafios profissionais, tendo como finalidade o progresso das minhas competências, fomentando um crescimento qualitativo e quantitativo para a empresa.
Pondero a minha candidatura para a vossa empresa para colocar em prática os conhecimentos adquiridos enquanto (estudante de / profissional de…), e com o intuito sincero de colaborar com os meus colegas num ambiente propício ao meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Experiência profissional no CV
Se és um jovem sem experiência, a experiência profissional – que terá as suas próprias particularidades – deverá vir depois da formação académica no teu cv. De outra forma, se és alguém com qualificações profissionais suficientes, a experiência profissional segue-se à clarificação do objetivo.
Assim, os recrutadores irão saber qual o teu histórico profissional, e o período em que desempenhaste cada uma das funções que enumeradas. A verdade é que esta experiência profissional deve ser estruturada pelos seguintes tópicos:
- nome da empresa ou empresas em que trabalhaste
- data de emprego
- cargos em específico
- responsabilidades executadas
Formação académica
A formação académica é uma das partes integrantes do teu currículo e deves escrever todo o que diga respeito ao teu percurso. Insere que título universitário tens – doutorado, mestre ou licenciado – e também as datas em que foram realizados. Esta deve estar disposta de ordem cronológica, mas decrescente, isto é, colocas primeiras as tuas graduações mais recentes e só depois as mais antigas.
Se não tens formação superior, podes destacar outros talentos, práticas e workshops em que te distinguiste.
Obrigatoriamente a formação académica terá que vir comprovada com os certificados no currículo, que estarão como anexos.
Habilidades no curriculum vitae
Falas mais que um idioma no teu dia-a-dia? Tens conhecimentos de informática, sejam eles gerais ou particulares? Então explicita-os no teu currículo. Ambos os pontos devem estar atualizados.
- Idiomas: speak english? parli italiano? hablas español? Todas as línguas que tens aptidões reais devem ser classificadas mediante os níveis adequados. Se vives na Europa deverás fazê-lo de acordo com Quadro Comum Europeu de Referência para as Línguas.
- Informática: neste ponto deves incluir todos os programas de computador que dominas. Mesmo que de uns programas tenhas conhecimentos mais gerais, e outros mais específicos podes incluir todos sem quaisquer problemas.
Conselhos para escrever um currículo
O modelo de currículo ideal é aquele que investe e que se preocupa em ser claro e sumário. Não te alongues, ou comeces por fazer requisitos. Do mesmo modo podes recorrer aos verbos de ação para mostrares que tens iniciativa.
Podes personalizar o teu currículo, mas não reveles factos que poderão ser irrelevantes e que não têm nada que ver com o cargo desejado.
1. Prontidão do curriculum vitae
O currículo deve ser breve e claro com uma ou duas páginas e deve ser sempre aprimorado. Não faças dele um documento biográfico, porque não é. Também não o escrevas à mão porque perderás tempo.
Convém escrever o currículo no computador e imprimi-lo com qualidade. Depois, quando aplicares a tua candidatura envia o documento original (por e-mail). Se fores chamado para uma entrevista leva uma cópia contigo.
2. Hobbies no currículo
Não coloques os hobbies da tua vida privada sem motivo aparente. Convém encontrar um ponto de encontro entre os hobbies e o teu pedido de emprego.
Além disso não coloques quais as tuas pretensões em relação ao salário que deves receber. Um bom profissional é aquele que quer ser recompensado pelo seu esforço, e não aquele que espera tudo de mão beijada.
3. Referências no currículo
Não incluas no teu currículo os nomes das pessoas que conhecem o teu valor académico e profissional. O teu currículo não deve ser um espelho de cunhas. Se preferires, no entanto, nunca é demais adicionar um documento com o nome da(s) pessoa(s) com quem lidaste e que, na hora da seleção poderão ser um apoio para a equipa de recursos humanos da empresa que concorres.
E porque não adicionar uma carta de recomendação que melhor te defina? As cartas de recomendação são, mais do que os certificados, documentos cruciais de discernimento do teu trabalho.
4. Carta de apresentação no currículo
A carta de apresentação é um documento anexado ao teu currículo, essencial para te descreveres. Nelas podes ter em conta outras atividades que realizaste.
Metas que cumpriste no teu anterior trabalho, ou prémios que conseguiste são óbvios pontos de foco.
Modelos de currículo
As formas de redactar um currículo são distintas e muitas vezes não as conhecemos. É possível considerar dois principais modelos de currículo: o currículo cronológico e o currículo funcional, que se tornam preponderantes mediante as tuas necessidades.
1. Currículum cronológico
No currículo estruturado cronologicamente os dados são apresentados em ordem cronológica invertida e dizem respeito às experiências profissionais. Depois da identificação de cada cargo, permite-te teres uma visão de crescimento do teu trajeto profissional.
Deves utilizar esta forma de curriculum vitae uma vez que procuras funções idênticas a um dos teus cargos mais recentes, ou se a evolução profissional desenrolada na tua carreira estiver a ser linear, sem muitas paragens.
Geralmente, o currículo cronológico é o mais comum. Ao ser esquemático consegue ser também um dos formatos de mais rápida leitura.
2. Currículum funcional ou temático
Como o próprio nome indica, o grande ênfase do currículo funcional recai sobre as funções que desempenhaste nos teus trabalhos, e das competências adquiridas no mesmo. Não visa seguir qualquer ordem cronológica e por isso, não se temporaliza.
Na maioria dos casos é utilizado por um jovem que queira mudar de carreira ou por um jovem recém-formado. Se for esse o caso, aproveita para destacar, por exemplo, habilidades de comunicação ou a fluências em idiomas.
No momento de leitura pela equipa de recursos humanos, o currículo funcional, também designado currículo temático, oferece uma maior flexibilidade no momento de classificar a informação.
Personalização do teu currículo
A personalização do currículo permite destacar a informação que dispuseste ao longo do documento da melhor forma possível, para que a leitura seja feita pela empresa sem problemas. Há quem prefira levar as coisas ao extremo e apostar em recursos visuais mais chamativos ao olhar, mas tu deves seguir por um formato limpo e organizado.
Como sempre a preguiça pode ser a tua maior inimiga na hora de procurar um emprego. É urgente que aceites que a busca de emprego não é fácil, e que ao longo do processo é preciso polir constantemente o CV, adaptando-o às diferentes necessidades das empresas.
No final basta reler todo o texto, corrigir os erros de português e já está! Tens o currículo pronto para ser enviado sem problemas.